sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Desdéns

A tarde passa logo,
A noite passo ao relento
Perdida trafego pelas tristes ruas desertas de minha fortaleza
Me encontrando com alguns, e me perdendo de outros

Me encho de desdéns por mim mesma
Me rasgo
Me abro
Me devoro
Me odeio

E ainda assim me amo.

Sou e não sou
Quero ser, poder, ter
Me doar, e receber
Me faltar e ainda assim, ser completa
Transbordar a mim mesma em minhas águas,
E conhecer mares distantes

Espirito livre de toda algema
Coração volátil, com sede de vida
Corpo predador, com fome de tudo
Tudo o que vem, e tudo o que se vai.


domingo, 19 de fevereiro de 2012

ZÉ RAMALHO CHÃO DE GIZ

Falei...

A ferida estava fechada
Não cicatrizada, faltava pouco...
Já não via os teus olhos em tudo,
E nem o teu toque em todos.

Meu coração já havia voltado a bater normalmente
Já não palpitava tanto com algum indicio teu

Minha mente já tinha parado de imaginar como seria
Se tivéssemos um "happy end"
E como seria acordar e te ver do meu lado

Mas, eu não entendo o prazer que tens em me deixar desorientada
Perdida, confusa.
Me deixa, depois volta
Solta e depois puxa...

Já sofri, me perdi, me desorientei...

Falei pra ferida em mim, que ao invés de simplesmente se fechar, se soldasse.
Falei para o meu coração que era pra parar de dar palpite, pois agora quem mandava era eu.
Falei à minha mente que parasse de imaginar algo que nunca aconteceu, pois o que importa é o que vai acontecer.
E entendi, que o prazer que tens em me deixar presa a ti, é somente um arrependimento...
É que você acha que ainda me ama, e por achar, me solta e me prende, pois tenta ter certeza do que sente.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Homem não dança.

(A corrigir)
Narração, para o laboratório de redação.


Hoje eu acordei já querendo ir dormir de novo, me tortura a ideia de ter que ir ao colégio e enfrentar uma guerra épica todos os dias, mas as coisas geralmente nunca acontecem como desejamos.
 Já na escola, imaginava como seria o intervalo, que eu apelidava gentilmente de "a hora do terror", esse nome singelo servia para me lembrar do que sempre acontecia comigo nos corredores no meu horario livre: Banhos diários nos sanitários, empancamentos nos corredores, chacotas, e apelidos, e isso tudo, porque eu simplesmente não era bom em esportes, e nem com musica, e muito menos com garotas, mas tinha uma coisa que eu realmente tinha talento, eu dançava Ballet, e isso é ofensivo aos demais, homem não dança, (sempre achei esses prognósticos ridículos), as coisas pioraram depois que descobriram o meu segredo
 O que mais me irritava de tudo isso, era que sempre os meu agressores saiam impunes das coisas que faziam, por mais que fossem delatados, nada os acontecia, mas um dia eu cansei de apanhar, e resolvi revidar, quando estava andando pelo colégio, um dos valentões me pegou pela camisa e me deu um murro, no mesmo instante lhe dei um chute com toda a minha força entre suas pernas, e o disse, enquanto estava deitado no chão cheio de dores, que nunca mais voltasse a me importunar, porém, para o meu azar a direto sai da sala da frente, e vê toda a minha agressão, fui mandado a coordenação, chamaram os meus pais, e avisaram de uma suspensão de uma semana, fiquei triste pela suspensão, mas fiquei mais feliz ainda por ter revidado e mostrado que eu podia me defender também!